A Vila das Artes

No início desse blog, postamos uma foto de um dos cantinhos da Vila das Artes. Muita gente comentou conosco que achou o local adorável.

É verdade, a Vila das Artes é adorável. Tudo é muito bom ali. Começando que sempre vem alguém pessoalmente nos receber, quando tocamos a campainha e a trava elétrica é acionada. As simpáticas professoras da Vila estão sempre com um sorriso no rosto. Temos a certeza de que somos sempre muito bem-vindas.

E a Belinha, gente? A Belinha é um caso à parte.

A Belinha é linda e está sempre, como na música do Chico Buarque, na janela. Mas não é triste, é muito feliz, sorrindo para todos os que passam na calçada e acenam para ela. Pena que a banda não passe tocando coisas de amor. Mas, não tem nada não, com banda ou sem banda, lá está ela, muito fashion e surpreendente. Quando saímos de casa para ir à Vila, sempre pensamos, como estará a Belinha vestida hoje?

Dentro da Vila, nos perdemos. É um mundo de cores, texturas, formas diferentes, que levaríamos mais de ano para conhecer cada brochinho, colarzinho, enfeitinho, peças de cerâmica, espelho, cachecol, blusas, brincos, bonecas, bolsinhas e outros mimos que só vendo para crer.

E todos os dias esse mundo de cores e formas se renova. É um mundo tão vibrante e dinâmico quanto sua idealizadora e criadora: Patricia Muller.

Depois, as salas de aula, abertas, janelas e portas, ao mundo, às pessoas que visitam, aos alunos de todas as salas. As crianças pintando, desenhando, trabalhando a argila formam um colorido criativo incrível de se ver.

Ainda tem cozinha e banheiro, tudo decorado com desenhos e pinturas feitos pelas crianças.

No quintal, a sala de aula de cerâmica. Nas prateleiras mil formatos e sugestões. Entre sacos de massa, sempre tem uma foto, um peixinho de feltro colorido ou uma bonequinha da Gabi para quebrar a monotonia cinzenta da argila. Daí saem peças lindas, moldadas por mãos de artistas de várias idades. Tudo supervisionado pelos olhos e sugestões sensíveis da Pat.

Na última sala da casa, nossa Costurinha, apelido carinhoso que a Pat colocou na salinha onde nos encontramos duas vezes por semana, o Clube de Patchwork. Alí, também, a professora de bonecas, Letícia Castilho, mensalmente, vinda de São Paulo, ensina a fazer bonecas, coelhos, corações, girafas, anjinhos, tudo de pano com alma de gente, mas de gente boa.

O espaço externo é uma festa: tem amarelinha desenhada no chão, tem plantinhas que as crianças regam no final das aulas de arte, tem árvores raras, tem brincadeira de esconde-esconde, pega-pega, contação de histórias , picoca ...

A Vila das Artes é um conto de fadas.