Sempre achei que existem olhos de ver e olhos de enxergar. Mas, na minha última viagem a Campinas, acho que deixei os de enxergar em casa.
Todas as vezes que viajo para lá fico maravilhada com a quantidade da oferta de tecidos, livros e revistas que encontro nas lojas, bancas e livrarias.
Não sei o que aconteceu. Não sei se foi a preocupação pela netinha mais nova que ficou doentinha, não sei se foi o instinto de preservar a grana que está mais curta diante da alta generalizada dos preços ou se foi a época do ano desabastecida das coisinhas patcherísticas.
Na volta, não correspondi às expectativas de minhas amigas baunilhetes para contar as novidades. Não tinha nenhuma. Até a lembrancinha que levei para nosso tradicional sorteio nas reuniões foi difícil de achar.
Mas, como uma quilteira não desisti nunca, ainda mais brasileira e baunilhete, consegui trazer alguns centímetros de tecidos garimpados na RG e na IKS e duas revistas que encontrei escondidas na banca de revistas do Sam`s Club. Descobri uma tesourinha decorada num Mall a caminho de um shopping para o sorteio e nada mais.
O olhos de enxergar fizeram muita falta.
Os tecidos. Poucos mas lindos.