quarta-feira, 26 de junho de 2013

A arte de uma tia querida

Aprendi muito com minhas tias. Irmãs de minha mãe. Aprendi muito com minha mãe, também, é claro. Desde muito cedo, aos 6 anos de idade, aprendi a bordar com minha mãe. Era obrigatório, quando as férias começavam e vínhamos para Marília visitar meus avós, colocar  na mala paninhos  de copa, que minha mãe comprava já riscados, linhas, agulhas e tesouras para passar o tempo. Eu adorava. 
Mas com minhas tias aprendi a apreciar o belo. Elas eram artistas do tricô, da costura, das artes culinárias e de outras artes. Deixaram profundas marcas em minha capacidade de reconhecer e de querer fazer coisas belas. 
Hoje só tenho minha tia Cida, uma segunda mãe. A outra, tia Ruth, está fazendo arte no céu. 
Minha mãe, até hoje, aos 92 anos de idade, ainda borda toalhas em ponto reto. Minha tia Cida pinta quadros e porcelana.
Sou uma pessoa afortunada.

Ganho muitas peças pintadas por tia Cida. Todas estão expostas pelo apartamento. Adoro vê-las todos os dias e usá-las. Tenho um prato belíssimo, pintado por ela, cheio de frutas de tecido feitas por mim. Originalmente era para ser um prato para servir macarronada mas, hoje em dia, faço macarronada só pra dois e o prato é muito grande.
Tenho, também essa molheira, muito delicada e linda. Judiação deixá-la guardada atrás das portas de um  armário. 

Para ter o prazer de vê-la todos os dias e para exibi-la com orgulho, fiz algumas rosas Tilda e lá foram elas ficar mais bonitas dentro da molheira. Duas depositadas no pratinho. 
Posso, assim, continuar usufruindo da preciosa herança deixada por minhas adoradas tias. 

domingo, 23 de junho de 2013

Corujas à mesa

Vi na internet. Adorei. Guardei para uma ocasião em que as coisas estivessem mais tranquilas aqui em casa e eu pudesse, calmamente, pegar o lápis e desenhar corujas no tamanho necessário para se transformarem em jogos americanos. Porque se tem duas coisas para as quais eu não tenho a mínima aptidão, essas coisas são: desenho e pintura. Lápis ou caneta, só para escrever. E pincel, só aqueles de silicone para untar as formas de bolo. 
Assim, um belo dia tomei coragem, respirei fundo e me arrisquei total!
E não é que deu certo?

Fiz quatro lugares. Como não gosto de fazer coisas iguais (meias em tricô ou crochê são uma tortura. O primeiro pé, tudo bem, mas o segundo só sai na marra), variei nas cores e estampas para conseguir chegar ao término do trabalho proposto.

Talvez esse lugar fique para o Pedro - coruja mais discreta e sóbria.

Será que a Mariana vai gostar dessa xadrez em vermelho, cores típicas de cozinha country? Vou torcer para que sim.

Essa tenho certeza de que vai ser a escolhida pela Helena, a menininha da colcha cor-de-rosa.

E essa bonitona em lilás eu fiz pensando na Luísa que escolhe de meias a tiaras, tudo com um toque em lilás.

Mas, enfim, quem sabe? Vou ficar feliz do mesmo jeito se o neto e as netas me surpreenderem e trocarem tudo em suas escolhas. Porque coração de vó só quer ver os olhinhos brilharem  de admiração e contentamento ao se sentarem à mesa adorando suas corujas  de brinquedo.



segunda-feira, 17 de junho de 2013

Cordel de estrelinhas

O título dessa postagem é uma mistura de literatura de cordel com o cordão de estrelinhas que fiz para presentear  a filha mais velha.
Marido, quando viu as estrelinhas estendidas na estante da sala, logo disse que lembravam os livrinhos da literatura de cordel. Acho que ficou legal  assim: cordel de estrelinhas.

Fiz as estrelinhas em crochê, baseadas no gráfico que, gentilmente, Lúcia Klein disponibilizou em seu blog
Seguindo as orientações da Lúcia, mas utilizando restos de linha que eu já tinha há longo tempo guardados, crochetei as estrelinhas e depois coloquei um pouco de goma para que ficassem bem abertinhas.

Antes de levar para a filha que mora em Campinas, pendurei as bonitinhas em minha sala para ver o efeito e para que ficassem algum tempo alegrando o ambiente.

O propósito do cordão é que ele enfeite o apartamento que a filha tem na praia.

Mas elas são tão bonitinhas que nada impede que elas fiquem em qualquer outro lugar. É um trabalho gostoso, fácil e de grande efeito. Obrigada querida Lúcia, por compartilhar tão generosamente seu trabalho. Vale a pena visitar o blog da Lúcia e conferir este projeto e muitos outros maravilhosos que ela tem por lá.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Almofada

Adoro almofadas. Acho que, pelo fato de eu ser baixinha e ficar sempre com os pés balançando ao me sentar em sofás e poltronas, uma almofada é fundamental na vida de um ser humano. Por isso estou sempre à procura de um mode diferente e, sempre que possível, atualizo minha coleção.

A última que fiz foi essa aí em cima, tendo como referência um modelo que vi no Face. Usei meu estoque de fuxicos, preguei "caules" com a técnica da virada da agulha, bordei algumas hastes e adorei!
Mais uma gostosura para apoiar minhas costas e colocar meus pés no chão. 

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Uma colcha, um PAP

Estou me aventurando, pela primeira vez, em fazer um PAP. Escolhi uma colcha de hexágonos porque outro dia comentei a respeito dessa técnica e recebi alguns pedidos para mostrar um passo-a-passo e porque é um trabalho gostoso de fazer e de um efeito incrível. É demorado? Sim, é! Mas vale a pena. Fiz as contas e constatei que se você fizer UM hexágono por dia, demora um ano para completar a colcha. Muito tempo? Do jeito que o tempo está passando rápido, quando você menos esperar, a colcha já está pronta. E é apenas UM por dia. Imagine se fizer mais...
Então, lá vamos nós...
Se ficar alguma coisa a ser dita ou mostrada, por favor, entre em contato por e-mail ou comentário e estarei pronta a responder.

Esta colcha é minha. Fiz uma para cama de solteiro já faz alguns anos. Agora estou encarando uma de casal. Calculo que demorarei um ano e meio para fazê-la. Enquanto isso, vou diminuindo os retalhos no meu ateliê e terei a consciência menos pesada para  comprar paninhos novos.
Este lado é o de cima. O avesso mostrarei na última foto do post.

Primeiro de tudo você precisa de vários moldes. O hexágono deve meder 5,5cm em cada face do molde grande e a mesma medida do molde pequeno. Não sei desenhar esta figura geométrica. Mas não deve ser difícil fazer ou pedir a alguém craque em geometria. Os meus ganhei da minha amiga e professora Lenice Almeida, a quem devo, também, todas as instruções para confeccionar a colcha.
O melhor material para fazer os moldes é em caixas de papel meio grossinho, como este de café. E é bom ter vários à disposição, porque depois de tanto riscar, eles vão ficando com os cantos "rombudos".

Depois é só colocar o molde sobre o tecido que vai ficar de fora e riscar por fora e por dentro do molde.

Devemos, também, cortar a manta acrílica e um outro tecido que combine com o tecido do molde maior, conforme o molde menor.

Aqui já estão posicionadas as camadas, em sequência: molde maior, manta, tecido em molde menor.

Prende-se as três camadas com um alfinete.

Passa-se um alinhavo prendendo as três camadas, contornando todo o tecido menor.



Nesta etapa começa-se a dobrar o tecido maior sobre o menor, fazendo os cantinhos com a maior precisão e perfeição possíveis. Eu prendo estas dobras com pequeninos alfinetes usados para aplicação, mas pode-se, também, fixar as bordas com alfinetes maiores.
Todas as dobras devem ser feitas na mesma direção.

Deve-se medir, constantemente as dobras para que todas tenham 5,5cm. Isso vai fazer grande diferença na hora de unir todos os hexágonos. Não hexite em desmanchar tudo e começar de novo. Vale a pena.

Quando faltar apenas um lado para ser dobrado, deve-se desmanchar o primeiro que foi feito, dobrar o último e novamente o primeiro.

Aqui tudo dobrado, medido e alfinetado.

Agora vamos prender as bordas com pontos invisíveis, usando linha da cor do tecido externo ou o mais aproximado possível. Quando chegar nos cantinhos, subir com a costura até a ponta e trazer a linha por baixo da dobra (para que fique invisível) para começar novamente na próxima dobra. Nesta costura deve-se pegar as três camadas (tecido interno, manta e tecido externo).

Aqui o hexágono já costurado, sem os alfinetes e sem a linha do alinhavo.

No avesso do hexágono, aparece nitidamente o quilt. Está terminado o trabalho. Agora é só fazer vários e depois emendar com pontos invisíveis, também.

Este é o avesso da colcha. Quando você termina de unir todos os hexágonos, a colcha está pronta, com forro e também quiltada. É só usar.

Não se esqueçam, qualquer dúvida, mandem e-mail ou comentários para este post.
Se alguém fizer, ficarei feliz em ver o resultado. 
Com esta técnica pode-se fazer bolsas, lugares americanos, caminhos de mesa e outros trabalhos que a imaginação permitir.


sexta-feira, 7 de junho de 2013

Sempre Gabriela!

Nossa Gabriela, que não é de cravo e canela, mas branquinha, loirinha, mais um doce de coco. 
Nossa caçulinha fez aniversário no último dia 2 mas comemorado com as amigas ontem, na Vila das Artes.
Foi um encontro delicioso. Depois de quinze dias separadas, as amigas tinham muito o que contar.

Gabi trouxe esse bolo lindo e delicioso e uma torta de frango, feita pelo chef Washinton Rueda com a colaboração de sua esposa, a nossa Gabizinha. Estava tudo uma delícia. Repetimos e repetimos e repetimos.

Depois do Parabéns a você, começa a ser formada a fila de cumprimentos. 

Ao som de "Ela não anda, ela desfila"  Maristela foi a primeira a cumprimentar, oficialmente, Gabi e entregar o seu presente- muito diferente e lindo, um suporte para segurar bem juntinhas, as revistas de patchwork da Gabi.

Depois foi a vez da Télcia. E aqui vão muitas fotos porque a Télcia não é simples assim. Ela sabe valorizar o seu produto. Começou com ela pegando o presente.

Depois chamando a atenção da Gabi para a beleza do pacote.

Depois esperando a amiga desembrulhar. Tudo isso, puxando o coro de oooooohhhhhhhssssss! que as amigas faziam.

Agora posando com a aniversariante e o presente encantador: uma janelinha que, quando aberta, revelou um lindo espelho.

Essa foto é por minha conta porque achei que ficou muito bonita.

Zezé, a generosa e surpreendente Zezé, trouxe muitos paninhos para a aniversariante, além de varinhas para virar bracinhos e perninhas de bonecas. Se a Gabi gostou? Olhem a cara de felicidade da menina!

Ficamos alguns minutos debruçadas sobre os outros tecidos que a Zezé deu para a Gabi. No final eles ficaram úmidos com a nossa baba.

Renatinha levou uma linda caixa, sonho de consumo de 7 entre 7 baunilhetes.

Outro objeto de desejo das meninas foi o presente com o qual a Pat presenteou a Gabi: caixinha de música em forma de maquininha de costura. Uma lindeza!

Gabi, eu, caixinhas de lata para guardar miudezas que toda crafteira tem aos montes e sabonetes by Doce Aroma Sabonetes Artesanais de Renata Genta- saboneteira de banheirinha preta e bolinhas brancas, sustentando sabonetes esfera de rosinhas rosachoque. 

Tive que sair mais cedo mas não sem antes ganhar a lembrancinha de aniversário: balas de doce de leite feitas pela dupla Washington/Gabi. Essas balas são de enlouquecer.
Linda festa, Gabi! Toda a felicidade do mundo para você!

terça-feira, 4 de junho de 2013

Para uma menininha muito amada

Filha mais velha avisou: "Você não fez ainda a colcha da Helena. Ela já vai sair da caminha de criança para uma cama de adulto e ainda não tem colcha feita pela avó". Verdade. Fiz uma colcha de corações para Mariana, uma de ursinhos para Luísa e nada para a Helena. E já estava na hora.
Fui buscar inspiração nas revistas e livros. Do livro Some Kind of Wonderful, de Anni Downs, vieram as aplicações e de uma edição antiga da revista Patch e Afins a ideia de intercalar os blocos de aplicação com blocos de Log Cabin. Usei quase toda a minha pilha de tecidos em tons rosa, pois é esta a cor preferida da menininha.
E ficou assim:

Depois que deixou a mamadeira, a pequena recusou-se a tomar leite. Então fiz uma xícara de café, que ela adora.

Seu livro preferido, primeiro na versão embrulhada para presente e depois  retirado do pacote.

Sua comida preferida: sorvete de todos os sabores.

O sol de Marília. Uma vez a garota perguntou à mãe por que o sol de Campinas não era igual ao sol de Marília. Então, Helena, vai aqui o sol de Marília para você ficar sempre pertinho dele.

Sapatos de salto alto - qual menininha não adora e sonha com eles?

Calças boca de sino? Isso são lembranças da avó.

Um arco-iris para lembrar Helena de  que na vida há tempestades mas também arco-iris e que sempre procure o pote de ouro que certamente estará esperando por ela.

O coração da vovó que guarda o amor dos quatro netos.

E um guarda-chuva bem florido e enoooorme para proteger a garotinha pela vida inteira.

Fiz uma moldura com tecido rosa e o acabamento com um tecido de faixas, também em tons de rosa.

Outros detalhes de passarinho e borboleta, coisinhas delicadas como a menininha que diz que as coisas que ela mais gosta em Marília são o café gelado do Café do Feirante e a vovó Lela.
Não é para se derreter de amor...?????