quarta-feira, 23 de junho de 2010

Escola de Bordados



Campinas, rua Dr. Emílio Ribas, 659, Cambuí, tarde ensolarada, toco a campainha e me deparo com uma linda senhora de olhos claros e doces. Lee Albrecht abre a porta para uma das mais emocionantes experiências que já tive em minha vida.
Num primeiro momento são quadros nas paredes e trabalhos expostos com muito cuidado em cima de alguns móveis. Aí você vai chegando mais perto e começa a duvidar que mãos humanas tenham feito aqueles bordados.
Lee, com sua voz suave e calma nos garante que os trabalhos são feitos por ela e suas alunas. Você quer acreditar, mas no fundo, no fundo, a dúvida permanece. São perfeitos demais.
Lee Albrecht, no endereço citado acima, mantém uma escola de bordados de altíssimo nível, um museu de bordados inimaginável e uma loja onde vende kits com seus desenhos originais.
Embaladas pelas histórias incríveis que Lee vai contando, visitamos tudo. Vimos o museu com peças antigas e modernas, relíquias de família e trabalhos da própria Lee. Vimos sua maravilhosa coleção de dedais, tesouras carretéis de linha e agulhas antigas. Vimos o livro da primeira bordadeira contratada pela DMC.
Passamos para a sala de aula onde, ao redor de uma grande mesa, as alunas daquele horário, simpáticas senhoras que nos recebem calorosamente, dão vida aos desenhos que Lee cria. Uma das alunas que Lee nos apresenta está na Escola há 10 anos.
Depois Lee nos leva para conhecer seu ateliê, onde prateleiras de revistas e livros do mundo inteiro são fonte de inspiração para Lee e suas alunas. A seguir vamos conhecer sua "oficina". Lá estão os tecidos, linhas e outros acessórios que Lee usa para confeccionar os kits.
Somos convidadas para participar do delicioso lanche que Lee preparou para as alunas. Declinamos do convite pois havíamos terminado há pouco nosso almoço. No espaço dedicado ao lanche vemos, nas paredes, lindos quadros com simpáticas galinhas desenhadas e bordadas por Lee.
Ali nos despedimos das garotas e seguimos até a porta, acompanhadas por Lee, para a despedida final. Com muita pena e já com saudade, na calçada, damos uma última olhada neste santuário de arte e beleza. Nossa alma está leve e as asperezas do mundo não nos atingem mais.

Na foto acima, um kit de almofadinha em ponto cruz, com uma matrioska em verde e amarelo que comprei. Tudo muito caprichado e pensado: tecido e linhas importadas, um mosquetão e fitinha amarela para pendurar na chave, explicações muito detalhadas de como fazer. Não sei se terei coragem de bordar. Não me sinto à altura.
Obrigada, Lee, pelos momentos maravilhosos que passamos em sua companhia. Obrigada pelas emoções que me fez sentir. Obrigada por compartilhar sua história e seus trabalhos. Obrigada, obrigada, obrigada...

Lee Albrechet tem um site - www.escoladebordado.com.br e um blog - leealbrechtdesigns.blogspot.com. Visitem e acompanhem. Vale muito a pena!



3 comentários:

  1. Olá minha Doce Eneida,
    Eu já tinha visto pela INERNET trabalhos da LEE.
    Mas não conhecia sua história...
    Mas que presentão você ganhou fazendo-lhe uma visita!!!
    Posso imagiar toda a sua emoção, encantamento e alegria! Você merece todos os bons momentos da vida...
    Fico imensamente feliz por isso!!!
    Eu amo BISCORNUS e lá as alunas fazem muitos modelos. Um show!!!
    Será que a SILVIA conhece os trabalhos da LEE???
    Por falar em Silvia ela deixou um simpático comentário no meu BLOGe e me deixou "toda, toda"...
    Faça o bordado sim, você vai dar conta, e depois faça a postagem para encantar nossos olhos!!!
    Beijo carinhoso,
    Regina Coeli

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  2. Marília,
    que bom que voce conheceu a Lee pessoalmente. Eu a con heço pelo e-mail, pelo blog, pelo telefone, contudo, nao pessoalmente. Conheci a Riitta, aluna dela que está cá em Portugal. Realmente os trabalhos da Lee são fantásticos, assim como os de suas alunas. Um grande abraço de Maria Filomena

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  3. Eneida
    eu que agradeço a sua visita sua postagem maravilhosa, um grande abraço a todas do Grupo Marilia Baunilha e Patch... e assim vamos resgatando o trabalho manual e exigindo respeito pelo trabalho das mulheres.

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