domingo, 24 de maio de 2009

Tempo de Vovós



Ser avó é muito bom. Quem viver verá.
Nesse post o trabalho de duas vovós. Primeiro os trabalhos das mãos da vovó Silvia. São peças para enxoval de bebê que dão água na boca. São bordados e aplicações feitos à mão com o maior cuidado e bom gosto. Quando ela levou o trabalho para nos mostrar na última reunião do clubinho, a Renatinha suspirou e disse: ¨Que saudade dos meus bebês¨!
Os trabalhos da Silvia podem ser vistos e adquiridos na Vila das Artes, na rua Atilio Gomes de Melo, 64, tel. 3454-7345.

Agora um outro tipo de trabalho de avó. É um trabalho que exige tanta paciência e amor quanto os feitos pela Silvia. Mas é um trabalho que só uma avó pode fazer, porque requer a experiência que só uma avó tem, experiência de vida, experiência de compreensão, experiência da vontade de ver na neta a continuidade da sua paixão pelas artes manuais.

Vejam se as fotos não traduzem isso:
A foto à direita é de um trabalho da Beatriz , 3 anos, que, ao ver a avó Silvia concentrada sobre seus bordados, pediu agulha, linha e paninho para bordar também.
Na foto à esquerda Maria Eduarda, 7 anos, e bisavó Odete, 88 anos, passam uma tarde gostosa no sofá da sala, bordando e vendo televisão. Odete já ensinou as filhas e as netas a bordar. Agora ensina as bisnetas. Duda está sendo a primeira, mas na fila estão Mariana, 4 anos, Luísa, 3 anos, Bruna, 1 ano e Helena, 11 meses. Existe amor maior do que esse?



6 comentários:

  1. Sou uma das privilegiadas que aprendeu a bordar com a ¨Vovó Dete¨. Como eu escrevi na dedicatória de um livro que dei à senhora e ao papai há alguns anos atrás, ¨Com vocês aprendi a amar a terra e os livros.¨Completo esta dedicatória hoje: ¨Com a senhora aprendi a amar o bordado, o tricô, o crochê, enfim, as artes que ocupam as mãos, o pensamento e o coração. Obrigada e um grande beijo.

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  2. Como é bom olhar para trás e lembrar do carinho das vovós, mamães e tias que, com muito amor e paciência nos ensinaram a ocupar as mãos e o coração com coisas como um bordado, um tricô, uma costurinha... o mundo seria bem diferente se todas as mulheres tivessem essa oportunidade!
    Por isso, queridas, se tiverem acesso a uma criança conhecida, seja ela neta, filha, sobrinha, filhinha de uma amiga ou de uma vizinha querida, dêem a ela uma agulha, uma linha bem colorida, um paninho e ensinem a fazer um pontinho. Isso não tem preço!!!
    Você pode estar fazendo a diferença de uma vida!
    Obrigada a vcs "baunilhetes" com quem muito aprendo. Bjs e uma boa semana!!!!!

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  3. Obrigada pelo comentário, Renatinha. Você tem toda razão. Mas você sabe que há uns 50 anos atrás, bordar, fazer tricô ou crochê era ¨privilégio¨somente¨de vovós. As crianças ou mocinhas que gostassem e se aventurassem no domínio das astes manuais eram discriminadas, patrulhadas, como se dizia na época, pelas colegas ou amigas. Graças a Deus isso é literalmente coisa do passado.

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  4. Silvia Helena da Cunha Tanuri

    Eneida querida,voce conseguiu me emocionar com suas palavras doces ao se referir aos trabalhos das vovós.Tudo que aprendi foi pela minhas avós.Primeiro minha avó Loudes que desmanchava sacos de açucar da fabrica de balas de meu avô e estes sacos, se transformavam em lindas colchas de cama, todas bordadas a mão.Eu tinha 10 anos e não via a hora de chegar da escola para poder bordar com minha avò.Mais tarde já aos 14 anos minha avó Isabel com quem morei até me casar, me ensinou costuras e mais alguns bordados.Bj. Sílvia

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  5. Isto não é nem um comentário. É um verdadeiro depoimento!
    Que lindo, Silvia! Que pessoa privilegiada você é! Gostaria muito de ter visto os sacos de açúcar transformados em trabalhos maravilhosos. Mas você continuou a arte de suas avós com muita competência. Você consegue colocar em seus bordados todo o amor e carinho que elas dedicaram a você.
    Beijos, também.

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  6. Ver essas duas se divertindo o dia inteiro é muito bacana...ADORO as duas de paixão...
    Wladir Buim Jr.

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